Sobre mim ...

A minha foto
Lisboa / V.F. Xira / Peniche, Estremadura, Ribatejo ..., Portugal
(Maria Amélia de Carvalho Duarte Francisco Luís)

terça-feira, 17 de maio de 2011

no ardil das manhãs


no ardil das manhãs Carlota cola um penso rápido na face da espera  na senda de suportar o insuportável; sabe que as pedras não sangram nem os verbos sobem o curso dos rios rumo a nascente; sabe que os telhados de zinco são marcas de estábulos vazios  a denegrir a paisagem,  e que, na encosta do espanto o colmo faz tão mais sentido que qualquer cobertura meliante apostada à alvenaria,  e, ainda assim, coleccionadora de borboletas, nega-se a espetá-las à face crua do tempo. quer que respirem.

[Carlota é uma criança que vive numa casa que é uma espécie de árvore de  seiva e sangue,  tem um papagaio de papel bordado na orla da saia. não sabe mais de si,

a não ser
               vontade de (te) dizer as palavras grandes.]


Imagem da net.

“𝕮𝖗ó𝖓𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝖚𝖒 𝖈𝖍𝖆𝖕é𝖚”

“… palerma, chapéus há muitos”… Haver há, de certeza absoluta. Nem contesto. Mas não são meus e nunca estabeleci com eles uma relação...