no ardil das manhãs Carlota cola um penso rápido na face da espera na senda de suportar o insuportável; sabe que as pedras não sangram nem os verbos sobem o curso dos rios rumo a nascente; sabe que os telhados de zinco são marcas de estábulos vazios a denegrir a paisagem, e que, na encosta do espanto o colmo faz tão mais sentido que qualquer cobertura meliante apostada à alvenaria, e, ainda assim, coleccionadora de borboletas, nega-se a espetá-las à face crua do tempo. quer que respirem.
[Carlota é uma criança que vive numa casa que é uma espécie de árvore de seiva e sangue, tem um papagaio de papel bordado na orla da saia. não sabe mais de si,
a não ser
vontade de (te) dizer as palavras grandes.]
Imagem da net.
[Carlota é uma criança que vive numa casa que é uma espécie de árvore de seiva e sangue, tem um papagaio de papel bordado na orla da saia. não sabe mais de si,
a não ser
vontade de (te) dizer as palavras grandes.]
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