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Lisboa / V.F. Xira / Peniche, Estremadura, Ribatejo ..., Portugal
(Maria Amélia de Carvalho Duarte Francisco Luís)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

porto de lobos



É irreversível, hão há hipótese, disse-lhe,  O poder de agarrar e criar raízes é vital à sobrevivência de qualquer espécie - demasiado grande para arbusto, demasiado frágil para árvore, desatava as margens sobre a arriba a tactear a geografia artesanal das circunstâncias  - o fogo íntimo de um azeite, ardendo.  Eram perigosos os caminhos e o ócio dos homens, lugar onde se ancorava, porto de lobos e  somatório de todas as impiedades que, até onde a vista lhe alcançava espanejavam verdetes à tona das vagas, sepultando barcos, ânforas românicas, de todas as variedades, em especial as de forma ovóide, interpretadas uterinas em barros, à cor da terracota. E as asas,  linhas simétricas. Ânforas, reles transporte de vida ou armazenamento de géneros:  a sapa, o mulsum, a muria, o óleo, ou, como aquelas, sem polvos nem tentáculos. Fundeadas ao largo como distâncias,  imensuráveis, entre as falhas tectónicas a evoluir dos tempos - não se mediam já como outrora,  na vara e  no palmo. No sistema métrico moderno, falam-lhe proféticas as léguas marítimas de que ela não sabia a escala, como não o sabia de (com) sequências, notas átonas, vindas de dentro, que lhe aturdiavam os ouvidos, como agora.

Sentou-se primeiro, as pernas cruzadas à chinês, ensaiou os passos de um ioga visceral, colocou a mão direita em concha sobre o pavilhão auricular, tentou, sem êxito,  repor no oco do ouvido a necessária ordem,  O ar propagava-se dentro, em arco, em êmbolo, e, a descontento,  retornava, provocando nos maxilares cerrados, uma ligeira oscilação, um formigueiro quase imperceptível a olho nu, mas que,  permanecendo, tomava forma de  um zumbido de abelhas, ou de vespas, não saberia distinguir. Um zumbido que, ora a inquietava, ora a  elevava ao antípodas da euforia  -  se a não tomasse, forte,  a mão de um Deus invisível, dançaria com lobos em cornos de besta. Em pontas, na ponta da falésia, sem virgula.  Só a linha do horizonte ilimitado a aplacava.

Na irreversibilidade,  escalava ao promontório donde não via só o porto, o casario, mas a ilha (melhor dizendo, as ilhas) -  o sol, nascido dali, quando o mar se tingia de um amarelo-dourado, ou, em contraponto, se avermelhava, sangue,  e era não mais que um sol de vontades, crepuscular, como tudo o que nasce e morre. Crepúsculo a carmear os fios do que fora antes luz e era noite descida na agulha de tear de tempos idos. Por ali ficava,  semifusa, nota átona, fronteiriça à nascente, dito por outras palavras, olhava em frente imbuída de calma quase hipnótica, singular, a medir-se na distância das coisas, na singularidade de carácter que a caracteriza, a desafiar o vento, rasteira ao chão, a roçar a carne na terna melancolia de um raspão em seda - a pele nua.  Sabia-o lá, não porque o visse. Sabia-o, tão certa da sua existência e do quanto lhe pertencia, sua desde a raiz do universo,  quanto o estava da burrifa vinda de cima, das nebulizações marinhas trepadas contra a falésia, contra o peito,  nos membros tíbios,  nos cabelos presos na nuca. As ondas, sempre as ondas, ouvia-as em desabrigo,  a flautear-lhe os tímpanos mestiçadas nas vozes das gaivotas, dos airos, das  cagarras, dos corvos-marinhos, das pardela-de-bico-amarelo, orquestra que, numa cadência anterior à vaga, acreditava, lhe moldava a consistência necessária - nem mole, nem dura, porque assim se queria:  maleável ao toque mas não perecível caule de papoila, muito menos junquilho seco, igual ao que, entre os dedos, polegar e indicador, fazia rodar em semi-círculos vagarosos,
Não tinha pressa, não era da sua natureza dar corda em demasia aos ponteiros do tempo. Não sabia há quanto tempo ali estava, nem quanto tempo por ali permaneceria. Importava trazer apenas um momento de verdade ao caos da vida - a sua verdade, e disso estava convicta.

Sentiu a chuva fina como que a peneirar o ar. Álgida cacimba, a ilha permanecia lá, num esmaecimento de pálpebras. E, para que constasse, fonte das lágrimas. Depois, deixou de chover. O sol a pino, a buzina das fábricas de conserva, talvez meio-dia. O fumo subia das chaminés; as colinas e os moinhos ainda moravam para lá dos vales. Detinha-se nas pequenas flores amarelas das dunas mais próximas - coisas prosaicas e imaterializáveis que a sustinham presa a si e rasgada do demais. A navegação era sempre feita entre a lei, o afecto e o colo de pertença em que os olhos galgavam distâncias na marcha lenta dos desalinhados, Foste o meu caso mais desesperado, por isso permaneço a esbracejar infinitos de dentro de uma caixa de sombras, por vezes tenho saudades de mim própria, de me libertar do imediato e já não sei cultivar uma relação individual com o mundo, Sou, em simultâneo, tu e eu, e essa é uma experiência, apesar de tudo, sábia, irreplicável,  irreversível. Por isso volto aqui, ano após ano, onde  não me ocorre de mim fazer o culto da compaixão, nem ser-te apenas existência generosa. Mas há a cor, sempre apelativa, sempre egoíca,   

Camada sobre camada, a humidade desaparecia, revelando um tom rosado, depois vermelho.  O fogo vestia-a da nuca aos pés, esturrando-se,  ímpio, no corpo. Agachou-se em busca de protecção sabendo que não existia. Enfebrecia. Esperando o golpe derradeiro, optou por permanecer deitada de bruços, o ventre contra o ventre da terra onde  apoiava os cotovelos de todos os becos tortos do que já foi areia um dia, o tinto dos olhos a acercar-se do tinto do mar, perigosamente. Os tintos a  abeirarem-se, atractivos,  no desejo inequívoco de se reunificarem,
Hortense pungia-se do que não cabia em si. A raiar a arte do  discurso imbecil,  retomou o verbo, O difícil é, continuava, O difícil é quando temos de nos afastar  do ponto onde ficam os nossos mortos - ensombrassem-nos os passos e os rostos tomam os contornos de evidente desamparo, não há remédio  santo para a agonia, nem senhor da boa morte - morre-se como se vive, sem altar nem glória. Sem desdita também,
Continuava a narrativa em tons dramáticos;  pregava às grutas, como Stº. António pregou aos peixes, sabendo que, na eloquência da retórica, não havia, entre ambos,  possível comparação - ela era nada e, das primeiras, se a escutavam, apenas lhe responderiam, regurgitados, os sons ocos dos pássaros. Pregava, ainda assim, apoteótica, na beleza bruta do lugar de arquitectura duvidosa, descendo todas as fendas gigantes onde se via, lava, vitral  em cave, incandescente. Os dedos encarniçaram nas rochas. Sangrava. Haveria de - prosseguia, falando aos corvos -, engendrar maneira de fazer tudo de novo, das formas e dos modos que necessário fosse - às batatas comê-las-ia com casca, cozidas  em água recolhida ali, no oceano profundo, a seus pés. Quanto aos peixes, não deixavam de ser peixes - se dantes circulavam em ânfora, no presente eram-lhe dados à saída dos barcos, trocados por um sorriso, uma palavra, uma taleiga de sementes de girassol de que ela própria  seria transporte, semeadas antes,  na imensidão das pedras onde peregrinava em expiação de todos os castigos inventados - afinal tudo de que se alimentava era frugal, tão simples como ela.  Tinha o seu exército - um batalhão de seixos como carneiros mansos, que recrutava, em bolsos,  e com que acendia o lume, esfregando-os entre as mãos, sangrando - o lume insinuava-se berbérico nos olhos.

Disputando-se a si própria, disse-lhe,
Não fossem os dias madrugados antes da curvatura dos pés, ter-te-ia falado das hortenses e dos jarros que cultivo em vasos de barro e das limalhas que utilizo como fertilizante, parco alimento igual ao que me corta o verde das folhas e das águas,  me fere de ausência  - a tua ausência -, e se aloja, ferrugem  púrpura no chão, nos passos, nas sandálias, solidão  embuçada de nafta,
não fosse a velha da praia me dizer, "Vê como os búzios caíram virados p'ra norte", talvez  nem eu própria...
Interrompeu-se, levantando-se. Era um mastro a adornar a ilha que via à distância. A boca seca em demasia não articulava  som nem  palavra. Do mar vinha-lhe a fome de beber de uma voz cavernosa e rouca, capaz de encontrar atalhos do coração (o seu coração). Uma voz alojada em si, na arquitectura orgânica de um porto de lobos e obra sua, flor, hortense, barro, cor,
Sentiu-se subitamente pesada.  A leveza dos fatos - uns shorts minúsculos do que fora em tempos calças, uma camisa reciclada de um ocupante ocasional da  casa da falésia, um cinto, de um lenço antigo, igualmente reciclado do fundo de uma qualquer gaveta, e, como luxo, absoluto luxo, umas havaianas genuínas  “scorpian bay” (os pés assim lho exigiam, não aceitando jamais uma qualquer outra marca. A insistência pontual resultava sempre em bolhas purulentas, em escaldões dolorosos e sucessivos), e, por baixo, o que, chegada ali, se transformava em obrigatório - um qualquer biquíni, mas somente a parte inferior (os seios deixava-os soltos para que lhe indicassem o norte),   no restante,  perdidos na penumbra, todos os objectos desnecessários -, não podia constituir mister. Flutuaria, por certo. Ou não? Tentaria a apneia,

Beligerantes eram-lhe agora os olhos sobre o manto indiviso das fragas onde apenas o instinto animal a mantinha. Deu um passo em frente, depois outro,  as mãos a suster a nuca, o vento a varrer as costas, a enfunar a vela, a camisa, o moinho, a semente, Queria recordar o futuro, sentir saudades do futuro,  mas era incapaz. E, contudo, juraria que ele estava lá traçado na sua memória, tão vivo quanto o passado, tão passageiro como o presente - uma espécie de triângulo equilátero, semelhante ao que desenhava em pé de galo com o fio barbante achado entre os escolhos dos búzios, retido entre os dedos, como jarros brancos donde bebia a luz do ventre antigo - mãe, Mãe,

Ouvia claro o chamamento, Sim, vou já. Recolheu as telas, os pincéis, a paleta das tintas. Estava tudo? O azul, o roxo, o amarelo, o cobre, o vermelho, o branco. Faltava o verde. Uma profunda aflição apoderou-se de si, olhou em busca e viu-o, estava lá: o verde a apelar ao verde.  Irreversível. Tentou a ajuda da “janela das virgulas” por não suster já o verbo, a frase incompleta a tombar o espaço em branco, Flor, vaso, falésia, hortense, barro, barro, lastro, barco, virgula, ponto,  Hortense, Sim, Senhora, vou já,  um breve instante mais, preciso de recuperar o verde, o verbo, a virgula, o ponto, 
bem sabes, mãe,  sem eles não sou nada,
o tinto dos olhos a acercar-se do tinto do mar, arriscadamente. Os tintos a  abeirarem-se, magnéticos, no desejo inequívoco de fusão, A frio, a quente, o mar, o chão, a terra, Porto de Lobos,

Deixou decair a mão direita, soltou o único botão fechado no pescoço, despojou-se dos braços,  laterais ao corpo, a camisa a ser vela, asa, voo.  Viu-a, viu-se, possível para-pente a descer até ao mar, viu-a por algum tempo. De peito aberto, sentiu os mamilos mais hirtos, dolorosos, soltou o lenço da anca, desapertou os calções, exposta,  
Olha-me, disse-lhe em súplica num fio derradeiro de voz,  Olha-me,  estou (tão)  nua agora, meu amor. Sou-te.  E é quanto basta,
diz-me, para que te oiça,   Hortense, flor, cor, Dir-te-ei: Oferta - e, baixinho, para que só ele, apenas ele, a escutasse -,  Sabes, do que se expõe, maior,  o perfil indelével dos homens escavado aqui na fraga,
Era irreversível,

O tinto a acercar-se do tinto, o verde a beijar o verde…os olhos a mergulharem o mar.

 ___

Notas:
1) Sapa  (xaropes de vinho); mulsum (vinho cozido), muria (preparado de peixe).
2) "Vê como os búzios caíram virados p'ra norte"  in " Búzios, Fado de Ana Moura 
3) "Porto de Lobos", localidade da zona Oeste, cujo nome inspirou este conto.

Imagem da net

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

de um "não lugar"

tomou-se de um tédio vagabundo quando se deu conta de que o pinheiro manso mordia a paisagem e que, por via disso, aquela última se desenquadrava perigosamente dos caixilhos - referiria mais tarde, em nota de rodapé (aquelas que ninguém lê,  em letras bem miudinhas, nos contratos de promessa, compra e venda), a coincidência de,  exactamente na mesma data, a "grande ceifeira" ter retalhado impiedosa a várzea a anunciar que Avelino tinha deixado de transparecer na inevitabilidade das estações da vida. 

sem ter como nem recurso, girou trezentos e sessenta graus sobre os calcanhares a evitar o encontro anónimo de gentes que seguiam  o camarada à derradeira estância numa ladainha lacrimosa. prosseguiu de regresso ao monte  a solenizar impropérios - puta de vida,  a decisão estava tomada - não iria porque sim. nem sequer porque não. negava-se, além do mais,  a subir escadas rolantes ou a acompanhar turistas em “turismos infinitos”  sobre tapetes rotativos cujo destino não era afixado claramente na placa de néon - detestava ambiguidades. partir é sempre morrer um pouco - se lessem Pessoa saberiam, mas que fazer se, na contingência de regressão definitiva o voo era sempre incerto? depois havia  as  dunas, os moliços e o lago e as lembranças,  todas as falas partilhadas, mas isso era noutra peça. dele ficara-lhe  apenas a gaiola, os nós de górdio e as asas de faz de conta. o bico também. e o monte. a cidade mais próxima a séculos de distância.

no ponto exacto em que as várzeas descansavam mais fundas no rio, sentou-se de cócoras,  os antebraços a ocultar os joelhos, os meniscos.  dali poderia, sem que a estreiteza dos lugares o retivesse mais do que se permitia a si próprio, tecer todos os cenários dos próximos dias, dos próximos meses, e, quem sabe até, se a inspiração não lhe fosse parca, dos anos-luz que, com toda a certeza, teria ainda pela frente. o sol  trepava-lhe a pele muito além das linguagens físico-químicas em que o universo se manifestava ignorando o quanto ele tinha hábitos crepusculares - os trovões, os relâmpagos, os tremores de terra, porra, compadre, é disso que falo, a música do universo, bem se vê, 

agachou-se, portanto. a última deixa, antes da partida, deixava-o inquieto "quando nos afastamos do nosso perto para o nosso longe, há um desejo de purificação e uma dor indefesa, similar à vontade de regresso ao útero",

olhou a gaiola que subornara por três vinténs para guardar ostras quando as asas  das conquilhas se abriam, leves, fleumáticas, e a voz se içava  em recriações escorregadias, esmaecendo depois, sem voar,  a seus pés,  em raivas de vagas contra a falésia - talvez voltasse…

vagarosamente solta pela cidade ela  decompunha-se em notas.
vagarosamente livre na liberdade provisória das correntes, modelada na elegância dos gestos e sempre discreta, percorria pautas, tangente aos bicos de uns, ao focinho molhado de outros, e, para que constasse, aos lábios de terceiros, marginando o rio. detinha-se, por vezes, em precários palcos de tábuas mal escoradas onde ele parava,  incerto, desenfreado, a fazer sapateado, a dançar o fandango - foi numa dessas viagens que se encontraram. numa espécie de aeroporto onde todas as vestes são possíveis e nada parece estar em desacordo com o cenário de fundo “um não lugar”, portanto.
sempre atento,  falou-lhe da hora exacta,  do ponto certo em que o rio se entornava para dentro da sarjeta, de quando a seca abria galerias ridículas no seu sítio,  E tem nome? perguntava-lhe ela enquanto apertava a saia de alças, Claro que sim, todas as coisas têm nome, se não o têm não existem,  o nome é que dá forma à matéria oca dos espaços que estão sempre entre o trilho da hora árida e o estado gasoso da erosão hídrica, Chama-se Cova de Alfarroba, mas eu chamo-lhe Cova do Lobo, Não te canses,  retorquiu-lhe, para mim esse nome faz sentido se tiver uma lancha rápida, uma carruagem  de sete-léguas, ou sete milhas, tanto faz, a cortar a tarde e a noite souber da tibieza dos bicos, da lentura dos focinhos, e as bocas (as bocas são muito importantes) não se rirem descarnadas de dentes sempre a assobiarem indivisíveis condicionamentos, e, ainda assim, tu me replantares alfaces e ervilhas no plúbeo acto dos sentidos e lentamente (me) respirares as cinzas mornas da lareira para que viva,  e  porque,  seja inverno ou verão, como bem sabes, não prescindo de sopa e não daquelas de basta juntar água. além do mais, o borralho, como lhe chamas, faz-me falta, e a labareda dá uma cor especial à música oculta de "um não lugar",

ele a tudo anuía,  abanando com a cabeça. antes que dissesse sim ela levantou-se. consultou o relógio de aço inoxidável - um tacho que boiava à tona  de uma parede fronteiriça - arte moderna, seja lá o que for que isso quer dizer -, riu-se da sua inclinação maquiavélica de se repetir em palavras que nem o vento escreve  nas searas  e, por oposição à textura perecível do rasgão,  riu-se da  "grande ceifeira" que avançava  nos campos de nenhum lugar, riu-se ainda mais da forma anquilosante (e disse-lho, claramente) como  via  centopeias de  mil patas  no movimento entorpecido dos espantalhos em searas vazias,  Manqueiam, sabes? passam de uma pata para a outra, firmam-se na primeira, mas nem por isso o andar é mais ritmado, sofrem de ancilose, quase juro, os ossos, qual abutres, são uma espécie de gancho a gadanhar o rio...  

Sem aviso, interrompeu-se a si própria.  disse-lhe: é a hora
saltou para a plataforma, apanhou a primeira linha - o comboio chegaria depois. quanto a ele, voltou todos os dias à encruzilhada a ruminar as falas na esperança de que se fizesse luz e que, se aclarasse em si, o exacto lugar onde enterrara a vida.


Imagem: Fefa Koroleva

“𝕮𝖗ó𝖓𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝖚𝖒 𝖈𝖍𝖆𝖕é𝖚”

“… palerma, chapéus há muitos”… Haver há, de certeza absoluta. Nem contesto. Mas não são meus e nunca estabeleci com eles uma relação...